Refrigeração

Como a integração entre energia e água está redefinindo a eficiência da refrigeração industrial

Entenda como a matriz energética limpa do Brasil e a disponibilidade hídrica podem se unir à refrigeração industrial como diferencial.

O Brasil vive um momento raro na história industrial. Enquanto economias desenvolvidas enfrentam escassez de recursos e custos crescentes de energia, o país reúne dois diferenciais que podem moldar o futuro da eficiência térmica: uma matriz elétrica amplamente renovável e uma das maiores disponibilidades hídricas do planeta. Essa combinação cria terreno fértil para um modelo de refrigeração industrial que seja, ao mesmo tempo, sustentável e competitivo.

De acordo com o Balanço Energético Nacional 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mais de 83% da eletricidade brasileira vem de fontes renováveis. Grande parte dessa energia é gerada por hidrelétricas, reforçando a interdependência entre água e energia. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) complementa o cenário ao mostrar que o Brasil detém 12% de toda a água doce superficial do planeta. Isso representa uma vantagem estrutural que poucas nações possuem e que pode ser traduzida em produtividade, previsibilidade e sustentabilidade para a indústria.

A convergência entre energia e água na refrigeração

Na refrigeração industrial, o desempenho energético está diretamente ligado ao uso eficiente da água. Em plantas de médio e grande porte, é comum o uso de sistemas de condensação evaporativa, que utilizam água para melhorar a troca térmica e reduzir a pressão de trabalho dos compressores. O princípio é simples: ao evaporar uma pequena parte da água, o sistema resfria o gás condensado com maior eficiência, permitindo que o compressor opere com menor esforço e menor consumo de energia.

A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que práticas integradas de eficiência hídrica e energética podem reduzir em até 25% o consumo total de eletricidade em sistemas industriais. O ganho não é apenas técnico. Ele se traduz em menor exposição a tarifas elevadas, menor necessidade de resfriamento adicional e maior estabilidade operacional.

Competitividade sustentável como estratégia industrial

Empresas dos setores de alimentos, bebidas e farmacêuticos vêm percebendo que a eficiência térmica deixou de ser apenas um tema de manutenção. Ela se tornou ferramenta de gestão estratégica. Ao adotar políticas de reuso de água, contratos de energia renovável e controle automatizado de refrigeração, essas indústrias constroem um diferencial competitivo de longo prazo.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforça que as metas ESG e as exigências de investidores por transparência ambiental estão levando a eficiência para o centro da agenda corporativa. No mesmo sentido, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) identificou que a combinação de eficiência operacional, controle térmico e gestão de demanda pode reduzir o custo médio de energia industrial em até 18%. Isso mostra que sustentabilidade e rentabilidade não são opostos, mas complementares.

A visão da Polus Brasil

A Polus enxerga a eficiência térmica como resultado da interação entre energia, água e automação. Cada projeto parte de uma análise integrada da operação, considerando o consumo elétrico, o desempenho da condensação e a estabilidade térmica das câmaras. A partir desses dados, são propostos ajustes técnicos e soluções de controle inteligente capazes de gerar ganhos reais em consumo e confiabilidade.

Essa abordagem, que une engenharia aplicada e gestão de processos, tem ajudado indústrias brasileiras a reduzir custos, manter previsibilidade operacional e atender a metas ambientais cada vez mais exigentes. A Polus transforma o frio em ativo estratégico, equilibrando tecnologia, sustentabilidade e desempenho.

Olhando adiante, o futuro da refrigeração industrial brasileira está na integração. Energia e água, quando tratadas como recursos complementares, abrem espaço para uma nova geração de plantas industriais eficientes e resilientes. O Brasil tem os insumos, a tecnologia e a expertise para liderar essa transformação, e as empresas que se moverem agora colherão os frutos de um modelo mais sustentável e competitivo.

Fontes

  • Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Balanço Energético Nacional 2024.
  • Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2024.
  • Agência Internacional de Energia (IEA). Energy Efficiency 2024.
  • Confederação Nacional da Indústria (CNI). Eficiência Energética na Indústria Brasileira. 2023.
  • Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Estudo de Competitividade Industrial e Energia no Brasil. 2024.
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